Cientistas analisam ''fóssil vivo'' achado na Indonésia

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Cientistas estão realizando testes genéticos em um peixe raríssimo – considerado um “fóssil vivo” – encontrado na Indonésia. O peixe pode ser o segundo exemplar de sua subespécie a ser encontrado até hoje.
Por muito tempo, especialistas acreditaram que peixes do tipo do celacanto tivessem se extinguido há cerca de 70 milhões de anos, mas uma subespécie foi encontrada na África em 1930 e depois, em 1998, uma outra foi encontrada na Ásia.


Os celacantos têm uma aparência incomum, com barbatanas que se assemelham a patas. Eles também podem fazer uma manobra incomum no leito do oceano, parecida com “plantar bananeira”, possivelmente para procurar por comida.
Segundo especialistas, esses peixes azuis representam uma oportunidade única de estudar a evolução das espécies, já que seus fósseis datam de 350 milhões de anos atrás.
O novo espécime de celacanto foi achado há dois meses por um pescador ao norte da Ilha das Celebes, parte do arquipélago indonésio.
Mais de 300 exemplares da subespécie Latimeria chalumnae já foram encontrados nas águas do arquipélago das Comores, na costa sudeste da África. Mas a subespécie asiática Latimeria menadoensis sempre deixou perplexos os cientistas.
Quando o celacanto indonésio apareceu em 1998, muita gente saiu para tentar encontrar outros na área, mas ninguém havia conseguido até agora“, disse Peter Forey, um especialista em celacantos do Museu de História Natural de Londres.
O fato de que outro espécime foi encontrado (na região) é significativo; ele confirma essa é a localização genuína de outra população de celacantos.
Os testes em andamento devem confirmar se o peixe encontrado é de fato da subespécie asiática e poderiam ajudar a responder por que as duas subespécies se separaram e vivem a milhares de quilômetros uma da outra.
Estimativas feitas a partir do perfil genético do peixe encontrado em 1998 indicam que elas se separaram há entre quatro e cinco milhões de anos. Porém, uma análise da geologia dos oceanos, indica que eles devem ter se separado há cerca de 30 milhões de anos“, disse Forey. (Estadão Online)

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