Projeto de proteção ao ecossistema marinho

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Um projeto de proteção do ecossistema marinho e desenvolvimento da pesca está na mira da estratégia de desenvolvimento econômico do município de Porto do Mangue, na região da Costa Branca. A prefeitura quer implantar arrecifes artificiais com estruturas pré-fabricadas de concreto para aumentar a oferta de pescado e recompor a diversidade marinha que tem sido afetada, nos últimos anos, pela pesca predatória.
Para executar o projeto, a prefeitura já busca uma parceria administrativa com o governo do estado. O município também pretende firmar um convênio com o Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte (Cefet/RN) para que sejam realizados estudos técnicos antes da implantação do projeto.
Arrecifes
A secretária municipal de meio-ambiente e turismo, Bartira Ferreira, explica que os arrecifes artificiais criam um ambiente favorável à vida marinha e atraem as espécies de volta. Ela destaca que o projeto é prioritário porque trará benefícios econômicos e ambientais.
Ela destaca que além de além de beneficiar a comunidade pesqueira e interromper o processo de degradação ambiental da região, a implantação dos arrecifes artificiais também seria útil no combate a um outro problema que assusta os municípios costeiros do Rio Grande do Norte, sobretudo no Litoral Norte, que é o avanço do mar. A secretária ressalta que a obra deverá interromper a erosão e a destruição das construções à beira-mar.
Tipo
Bartira lembra que projetos desse tipo já foram implantados com sucesso em países como Japão, Canadá, Estados Unidos, França e Portugal, que se destacam no manejo sustentável dos recursos costeiros.
A pesca é a principal atividade econômica de Porto do Mangue, mas o setor, que sustenta centenas de famílias locais, está ameaçado pelo uso desordenado dos recursos naturais. A exploração da vida marinha sem cuidados ambientais tem levado à escassez do pescado. Diante desse quadro, a prefeitura busca soluções para garantir o sustento da comunidade, não só através da recomposição do ecossistema, mas também por meio do estímulo a atividades alternativas, como a geração de renda e emprego através do turismo, setor que promete crescer bastante no município nos próximos anos e já sinaliza com investimentos da iniciativa privada.
Fonte = Diário de Natal

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